segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia Internacional da Água

ÁGUA É VIDA
O Ouro Azul do Brasil, do Séc. XXI

Água: se preservar não vai faltar!

J. Jorge Peralta

Mensagem do Dia Internacional da Água.

A água é o elemento essencial ao desenvolvimento, defesa e preservação da vida.
É a água que mantém  o equilíbrio dos organismos vivos.
Segundo dizem os entendidos, a vida terrena nasceu na água.
Com falta de água, as pessoas ficam desequilibradas, física e psicologicamente; ficam irritadas, intratáveis, irritantes. Logicamente não é só o problema da água, mas sem água no organismo tudo se torna mais difícil.
Por isso é recomendado que  cada pessoa beba alguns copos de água por dia, toda a vida.

Estas ideias me vêm à mente em Homenagem ao Dia Internacional da Água.
Em nível pessoal, em nível regional e em nível internacional, a água deve ser uma das grandes preocupações de nosso tempo. De todos, em todo o mundo. Até porque a água está ligada  e vinculada  a todos os projetos de desenvolvimento sustentável, onde sustentável,  por vezes, não passa de uma palavra  para encobrir  atitudes predatórias...
Numa sociedade onde o lucro é o valor maior, questões vitais vão sendo descartadas, com prejuízos irreparáveis para a humanidade. Lucro sem qualidade de vida não vale a pena.

O Brasil é a parte do planeta, favorecida com o maior volume de ÁGUA. Até nisto o Brasil é um país abençoado.
Este é o outro ouro do Brasil: o ouro azul.
Pero Vaz de Caminha, em 1500, já vislumbrou aqui o grande paraíso  da ABUNDÂNCIA:
 “Nesta terra, em se plantando, nela tudo dá”.
Mas não nos iludamos. Se esbanjar vai faltar.
O nosso maior volume de água está na Bacia Amazônica. É algo fantástico .
 O Brasil tem mais (8) grandes bacias  de água doce. Destacamos  mais cinco  (5).
A Bacia do Rio São Francisco, a Bacia do Rio Paraná, Bacia do Parnaíba, Bacia do Paraguai, Bacia do Rio Uruguai. Estas bacias se subdividem em inúmeras outras bacias, que irrigam, de modo desigual, todo o território nacional.
O Brasil é detentor do maior  depósito de águas subterrâneas do mundo: o Aquífero Guarani. Um verdadeiro oceano subterrâneo.

Nos rios e córregos está o perigo de poluição de toda essa imensa riqueza vital, de nosso ouro azul.
A civilização moderna é ecologicamente inconseqüente: Produz excesso de lixo e ainda recicla pouco.
O país precisa preservar a água  dos rios  e córregos, onde, muitas vezes, por falta  de saneamento básico, são lançados  os esgotos  domésticos  e os detritos  industriais. Tal atitude pode ter consequências trágicas para as próximas gerações. A poluição das águas poderá levar a grandes tragédias.
Os córregos  e riachos conduzem a água  poluída para os rios, que a leva para os lagos e para o mar, numa cadeia perversa.
Temos grandes desafios a enfrentar e a vencer.
No Dia Internacional das Águas deve soar um alerta contundente:
PRESERVE A NOSSA ÁGUA
ÁGUA: SE DESPERDIÇAR VAI FALTAR
PRESERVAR ÁGUA É PRESERVAR A VIDA.

Esta mensagem deveria soar ao ouvido de todos, todos os dias do ano. Precisamos de uma grande campanha nos meios de comunicação, para que a mensagem chegue a todos os lares, passando por todas as escolas. Precisamos educar o mundo para a preservação da Água.
Nunca esqueçamos: Água é Vida!

quarta-feira, 17 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Homenagem

Homenagem Especial
Ao Prof. Darcy Corazza

J. Jorge Peralta
O Prof. Darcy Corazza tem o nome vinculado a inúmeras realizações, que marcaram época, na PUC de São Paulo – nos áureos tempos da JUC, e como psicólogo, em sua clínica, e ainda como professor universitário e como homem dedicado às grandes causas da humanidade e às causas da gente simples.
Ao lado de sua esposa, Profa.  Maria Genésia Ávila, que Deus  tenha, formava uma dupla cheia de entusiasmo, cheia de vida para viver e para repartir.
Era um casal cheio de graça, cheio de Deus, cheio de generosidade.
Compartilharam o pão de seu carinho e de sua palavra sábia, por onde atuaram.
Deus chamou a sua querida Ávila, para cuidar dos jardins e das luzes do céu e dirigir o coral dos anjos.
Ela gostava de dizer:
Oh! Quam bonum est et quam jucundum habitare fratres in unum” - Como é bom e agradável o encontro fraterno dos irmãos.

O Prof. Corazza continuou a tocar a vida e com coragem, disposição e persistência que todos conhecemos e admiramos.
É um homem iluminado, abençoado por Deus, uma  alma ousada e incansável.
Corazza faz o que ama e ama o que faz. O entusiasmo vem-lhe da alma.
Com sua ação competente e persistente contribui efetivamente para o alvorecer, cada dia, de um mundo melhor.
Sofreu revezes, como todos sofrem, mas superou as dificuldades, com galhardia. “É no crisol que se purifica o ouro”. As dificuldades  acrescem seus méritos.
Neste ano, com seus inúmeros  amigos, comemora o seu octogésimo aniversário, com grande alegria.
Corazza, aluno da primeira turma, é o primeiro Ibateano que chega aos 80 anos. Oitenta anos bem vividos  e que frutificaram cem por um.
Ad multos annos viva!”
Darcy Corazza e Ávila foram amigos, muito queridos, de minha família. Foram padrinhos do nosso primeiro filho, Daniel. Lembro o fato porque todos  os anos, no dia 25 de Abril, há 34 anos, o compadre Prof. Darcy Corazza, infalivelmente, liga para a nossa casa, para cumprimentar o seu afilhado pelo seu aniversário. O seu telefonema deixa o dia mais ensolarado, por estas bandas. Enquanto a querida e saudosa Ávila enchia o ambiente, com seu sorriso generoso e contagiante, comemorávamos o aniversário “in unum”.

Por esses laços fraternais e ad perpetuam rei memoriam, com muita alegria, publico aqui uma foto do dia do batizado do Daniel, no Jardim da igreja. Na foto o Prof. Darcy Corazza, a Profa. Maria Genésia Ávila, a Inez, com o filho Daniel e este cronista.

Peço licença ao amigo Joel H. Barbieri para transcrever sua bela quadra:
Que o Senhor lá das alturas,
Sobre o Corazza e seus planos
Esparja multiventuras
Nestes seus oitenta anos
(Publicada no Echus do Ibate, nº 106)
        

Aventureiro

AVENTUREIRO DOS SERTÕES
 NO SÉCULO XXI

J. Jorge Peralta
1. Dias atrás fui ao lançamento de um livro – “Cavalo Encilhado não Passa duas Vezes”. O lançamento foi na sede do Consulado Português em São Paulo. Um espaço convidativo e acolhedor: uma Casa Portuguesa. Evento muito prestigiado.
Autor do livro: Antônio Bacelar Carrelhas.
Conteúdo do livro: aventuras vividas pelo autor, pelos sertões da África e do Brasil, e ainda por outros países da América do sul.

2. Antônio Carrelhas é um sertanista nato, um andarilho por  índole e por convicção.
É um viajante e um aventureiro, que vê a natureza, com a simplicidade, o encanto e a ternura de quem acaba de nascer, abre os olhos e vê essas maravilhosas telas tridimensionais, ainda intactas e livres da fúria destruidora do homem, na era neoliberal que tudo devora.
A sua mais intensa fascinação está nas matas brasileiras, por onde viajou a convite do grande sertanista  do século XX, Orlando Vilas Boas, em viagem ao Xingu.

3. O seu maior sonho foi descobrir o Brasil profundo dos sertões, que visitou maravilhado. Andou por Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Sul. Andou pela Patagônia, pela Cordilheira dos Andes, pelo Caminho Inca, etc...
Mas a sua mais demorada incursão foi ao Amazonas.
Fez a viagem de Pedro Teixeira, o grande Bandeirante português, do século XVII, no Norte do Brasil.
Subiu o rio Amazonas, da Foz, em Belém do Pará, a Iquitos, no Equador, acompanhando um navio de entregas de encomendas, rio acima.
Essas são as aventuras narradas no livro em apreço. Grandes aventuras.

4. Fiquei admirado da disposição desse homem, para se embrenhar em aventuras, à procura de outro mundo real, que quer ver e admirar com os próprios olhos, e que  parece estar a anos luz de distância do homem as cidades, motivo pelo qual muitos nem sonham da existência desse novo mundo misterioso dos Sertões Brasileiros.

5. Antonio Carrelha ainda sente correr em suas veias, o sangue heróico, aventureiro e venturoso dos homens que “deram  novos mundos ao mundo”
“E se mais mundos houvera, lá chegara”, como diz Camões.
São homens da estirpe de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, bandeirantes de nossa navegação aérea, Antônio Carrelhas e outros que ainda preservam os desafios de aventuras prazerosas, e quase sempre também penosas.
Antônio Carrelhas é quase um dos últimos bandeirantes. Torcemos para que haja outros, seguindo-lhe o exemplo de coragem e abnegação.
Recentemente  tive notícias de dois jovens que subiram de barco até o Alto Purus, na Bolívia, seguindo as pegadas de outro bandeirante moderno, Euclides da Cunha.

A recomendação do andarilho dos nossos sertões:
“Se você tiver oportunidade de fazer uma viagem, ou algo que está entre seus sonhos. Faça-o. Deixe tudo e vá”.
“O cavalo encilhado não passa duas vezes”.
Não deixe as boas oportunidades escaparem por entre seus dedos indecisos. Decida-se.
O Espírito de aventura faz parte do sangue que corre nas veias de portugueses e brasileiros. Não deixe que se percam nossos sonhos.
Bem haja, Antônio Carrelhas, pelo estimulo e reavivamento do espírito de aventura que você ajudou a renovar, na mente das novas gerações.
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Nota: para saber mais  sobre:

Desenvolvimento Sustentável

A DIMENSÃO HUMANA 
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A concepção de desenvolvimento sustentável tem suas raízes fixadas na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo (Suécia), em junho de 1972.
Esses dois vocábulos ainda não tinham formado a parceria que hoje se tornou sobejamente conhecida de todos nós. Isso porque o principal objeto das discussões ocorridas nesse evento estava centrado na defesa do meio ambiente humano, no bojo de um problema global mais amplo: os ditames do modelo de desenvolvimento econômico dos países do Primeiro Mundo. Estes, num determinado estágio da sua industrialização, viram-se na perspectiva da escassez dos recursos naturais, surpreendendo-se diante das limitações do meio ambiente no que dizia respeito à destinação final dos rejeitos - sólidos, líquidos e gasosos - tanto do processo industrial quanto dos hábitos de consumo da população
Tal ênfase na defesa do meio ambiente humano, perante a questão ambiental do modelo de desenvolvimento de cunho predatório, foi resultado de um despertar da consciência ecológica em nível global, que buscou ir além das questões de âmbito local ou regional as quais, nas décadas de 1950 e de 1960, já incomodavam as agências estatais de controle ambiental das nações industrializadas e incrementavam as atividades dos movimentos ambientalistas.
Para saber mais, clique.

José Mindlin


O CAÇADOR DE LIVROS
ou o Bibliófilo

J. Jorge Peralta
Neste texto queremos homenagear todas as milhares de pessoas que, pelo mundo a fora, dedicam parte significativa de suas vidas à preservação e divulgação dos livros e da boa leitura.

Saudamos  o grande BIBLIÓFILO José Mindlin, há pouco falecido, (1914-2010), por sua imensa dedicação aos LIVROS, como repertório de saber e força propulsora da Civilização. Quem ama os livros ama a humanidade, ama o presente, o passado e o futuro; ama a vida.
Mindlin tinha consciência de que era sua missão organizar um acervo de livros  de alto valor que pudessem ser úteis  às gerações futuras.
Assim, ele dizia que nunca se considerou  dono de sua biblioteca, mas que era apenas o seu guardião.
Uma Biblioteca de qualidade é um arsenal de saber.

Mindlin doou a sua Biblioteca à Universidade de São Paulo, que lhe dedicou um prédio especial, na Cidade Universitária.
Assim, José Mindlin entra num clube restrito de bibliotecas particulares que, por sua dimensão e qualidade, tomaram parte de grandes Bibliotecas Nacionais ou de Bibliotecas Universitárias do Brasil.

- A Biblioteca Nacional do Brasil, sediada no Rio de Janeiro, teve origem na grande Biblioteca  da Corte dos Reis de Portugal, sediada em Lisboa.
Quando D. João VI transferiu a  Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, trouxe também a Biblioteca do Reino, que era, no tempo, uma das poucas Grandes Bibliotecas da Europa; alguns dizem que  era a maior.

- O nosso grande historiador, Manoel de Oliveira Lima (1867-1928), possuía uma riquíssima biblioteca especializada em História  de Portugal e do Brasil e do Império Português na Ásia e da África. Oliveira Lima doou sua Biblioteca à Universidade Católica das Américas, sediada  em Washington (1916). Hoje tem 50.000 livros.

- Há no Brasil muitos outros  grandes bibliófilos. Mas hoje a Biblioteca de Mindlin é destaque, por passar a integrar o Acervo da USP, disponibilizada ao público estudioso.
Mindlin soube construir sua casa sob rochedos. Sua Biblioteca servirá às gerações  atuais e futuras.
De tudo o que Mindlin fez na vida, sua Biblioteca, doada à USP, é certamente a mais destacada obra de sua vida. Honra lhe seja feita.
Em nome da humanidade, só podemos dizer: Bem haja! Muito obrigado!
A seguir publico um poema adequado à celebração do gesto deste homem:
Livro Amigo (Clique)


Reitor USP

JOÃO GRANDINO RODAS
REITOR DA USP

O novo reitor da Universidade de São Paulo, USP, o maior centro de produção  científica  do Brasil e da América do Sul, tomou posse do cargo no dia 25.01.2010.
O Prof.  Dr. Rodas prometeu  cumprir o seu mandato de quatro anos, de portas abertas para todos, instaurando o diálogo construtivo. Prometeu algo que não se  vê mais  nos gestores públicos, ou se vê  raramente: servir a Universidade e não servir-se da Universidade:
Non ministrari sed ministrare
Prometeu atuar e se relacionar com os seus comandados, não como superior, mas como igual: “primus inter pares
Rodas é um homem de princípio, um homem de caráter, um homem coerente.
Um homem comprometido com  o bem-comum, um homem solidário.

Na USP, como em todas as instâncias do poder,  degladiam-se  forças antagônicas e interesses conflitantes. Cabe ao reitor, como aos diretores de unidades, harmonizar os conflitos, a bem da nação. Nem sempre é fácil, quando os interesses  são partidários.
O Prof. Dr. Rodas conhece muito bem o mundo plural e multipolar em que vive.
Ele saberá conviver com as posições antagônicas, ainda que, muitas vezes irreconciliáveis. O diálogo, bem conduzido, firme e suave, respeitoso e generoso, abre caminhos... Os romanos diziam  que o educador  deve agir “suaviter et fortiter”.

O Prof. Rodas  foi aluno do Ibaté (1960/61)
Foi meu colega de turma no curso de Filosofia dos Jesuítas (1970).
Antes da posse, convidou os ex-colegas de Ibaté,  para uma confraternização litúrgica, numa sala de reuniões da Congregação da Faculdade de Direito, do Largo S.; Francisco, onde era Diretor.

A tomada de posse do novo reitor, aconteceu, festivamente, na majestosa Sala São Paulo, a mais nobre sala de espetáculos musicais  da cidade.
A cerimônia foi abrilhantada pela Orquestra  Filarmônica da USP.
O Prof. Rodas reservou 60 convites para os ex-colegas do Ibaté, apesar  de serem disputadíssimos os convites  para tão solene  e importante cerimônia.

O Prof.  Grandino Rodas é mais um fruto saboroso  e uma semente  que saiu dos Seminários  do Brasil e foram ou  são e ainda serão grandes baluartes do saber, de competência e de ações, que mudam os destinos  do país , nos rumos  de um mundo melhor, com mais  prosperidade, sabedoria e bem-estar para todos.

Prof. Dr. João Grandino Rodas, saudamo-lo efusivamente e desejar-lhe uma gestão dinâmica e positiva, que faça a Universidade de São Paulo, um pólo de saber ainda mais apto a atender às necessidades científicas, tecnológicas e humanísticas do Estado de São Paulo e do Brasil.
A nossa USP ainda é, de fato, uma das Instituições universitárias  que honram o Brasil e o Mundo.
Gostaríamos que, ao final de sua gestão, em 1914, nos convidasse novamente, para uma Celebração de Confraternização, por sua gestão a frente de tão alta e nobre instituição.
São Paulo, Fevereiro/2010
Prof. Dr. José Jorge Peralta
(Professor aposentado da USP)
Diretor do Instituto Edubraz e
do Instituto Tropical do Pensamento Contemporâneo.

Nota: para compor esta crônica, servimo-nos de reportagens da imprensa e consulta na crônica dos colegas Alfredo Barbieri e Tomaz de Aquino Toledo, publicada no Jornal “ECHUS do Ibaté” nº 106.
A Fotografia foi captada no Google e é de autoria de Ernani Coimbra.
[Texto em construção]

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vidas Dedicadas - A Propósito da Terceira Idade

VIDAS DEDICADAS
Aposentado não é Descartado
J. Jorge Peralta

“Se um dia tiveres que escolher
entre o mundo e o amor,
lembra-te: se escolheres o mundo,
ficarás sem o amor;
mas se escolheres o amor,
com ele poderás conquistar o mundo”
(Albert Einstein)

As pessoas nasceram para ter uma vida sadia, prazerosa e benfazeja. Nenhuma  pessoa nasceu para ser  ilha solitária.
Nascemos para viver, conviver e compartilhar nossas competências e nosso saber. Durante toda a nossa vida, o dia  terá 24 horas. Devermos saber administrá-las, uma por uma, com discernimento, racional e equilibradamente, de acordo com as circunstâncias.  
Em princípio devemos tirar, de cada hora e de cada minuto, o máximo de produtividade, com o máximo de satisfação  e prazer.
Devemos fazer de cada dia uma sequência de momentos prazerosos, seja qual for nossa atividade.

No trabalho, no entretenimento, no convívio familiar e social e no descanso, somos sempre a mesma pessoa. São situações intercomplementares.
Sempre nossa vida deve estar voltada ao bem-comum.
Nosso bem-estar e nossa saúde e boa disposição é de interesse social.
Não vivemos só para nós. Nosso trabalho deve contribuir para o bem social  e para o progresso da nação e da humanidade. Quando alguém se eleva, eleva o mundo.
Somos pessoas livres e devemos saber  o que se espera de nós.

O trabalho, o entretenimento e a convivência com os outros são os pilares de nossa saúde física, psíquica e emocional.
Sem ocupação do físico, da mente  e do psiquismo, nossa vida entra em depreciação, perde auto-estima e a energia de viver.
Ser é ser como outro.
A marca da pessoa consciente é o auto-conhecimento: a identidade que tem como contrapartida a  alteridade, o próximo, o outro.
A identidade e a alteridade são duas faces da mesma moeda.
Por isso nascemos para servir e não para sermos servidos. Até porque, se todos servirem, todos serão servidos,  na dinâmica da alteridade, que é a essência do cristianismo e do humanismo.

Vêm-me estas ideias, neste momento, ao refletir sobre uma praxe que vai se difundindo: A mudança de paradigma da aposentadoria.
Os aposentados, até recentemente, só pensavam na rede, onde passariam descansando, o resto da vida. A rede era o sonho; a rede, água de coco, e uma sombra para usufruir o “doce” não fazer nada e morrer de tédio.
Este conceito de vida, na inércia, na indolência, no ócio total é passado.

Até porque todos sabem que tal filosofia  de vida inútil, causa a ruína das forças vitais , físicas e mentais e leva à morte.
Quando deixamos de ser úteis, nos descartamos. Apeamos da vida. Penduramos a chuteira.
Hoje o aposentado não pára de trabalhar; às vezes por necessidade, outras vezes por altruísmo.
Na vida adquirimos conhecimentos  que não temos o direito de fechar no baú do esquecimento.
A pessoa pode ser muito útil dos 08 aos 88 anos; ou até aos 108, pois não temos direito de por limites à nossa vitalidade.

Devemos então pôr nosso saber e nossa sabedoria a serviço da comunidade.
Para nos mantermos lúcidos, saudáveis e produtivos, devemos nos dedicar a alguma causa altruísta. Vemos, hoje, em muitas organizações sociais, pessoas da terceira idade, fazendo serviço voluntário. Outros vão estudar para adquirirem novas competências.
Depois de aposentados, temos mais tempo para compartilhar socialmente os grandes valores que a vida nos ensinou ou que na vida testamos. Os avós dedicam-se aos netos. Muito bem. Mas podem fazer muito mais.
Mudamos de trabalho, mas não aposentamos o trabalho. Somos trabalhadores vitalícios...
Aposentado não é aleijado.
Aposenta-se o idoso. Mas ser idoso não é ser velho; é só ser idoso. Idoso é questão de anos de vida. Velhice é questão psicológica.

Convidamos todos os aposentados a se disponibilizarem para espalhar pelo mundo alguma ideias e experiências que já estão escasseando na nossa sociedade. Ajudem a fazer melhor a vida em nossa sociedade, o país e o mundo. Arregace as mangas e vá, à luta. Você pode. Você deve. Mas você é livre para optar.

Ajudar alimentar este site pode ser uma boa obra social.






Este texto sugere-lhe algumas ideias?
Então mãos à obra. Diga algo. Comente.

Vieira

ANTÔNIO VIEIRA,
UM GRANDE MESTRE A DESCOBRIR

APRESENTAÇÃO

......Nos quatro (04) estudos que integram este trabalho, quisemos dar uma introdução programática à obra de Vieira. Propomos os parâmetros que seguiremos ao longo dos trabalhos em comemoração do 4º Centenário.
......Focalizamos nossas pesquisas no realce da sabedoria de Vieira e do grande legado que deixou à posteridade.
......Abordamos Vieira como um cidadão consciente, atuante e participante da vida na Cidade dos Humanos: um cidadão de seu país e um cidadão do mundo.
......Enfim apresentamos um Vieira que pode trazer muitas luzes a todos que o buscam. A todos será muito útil: professores, escritores, advogados, artistas, arquitetos, etc, etc.
......A leitura de Vieira faz bem a toda a gente de qualquer ideologia, de qualquer profissão e de qualquer religião, ou até sem religião. Faz bem a gente de todas as idades e culturas.
......Faz bem a todos quantos buscam contribuir para a construção de uma civilização mais séria e alegre, mais solidária e altruísta, mais generosa e cooperativa, com mais justiça, paz e harmonia. Uma civilização que leva ao bem-estar e à prosperidade com qualidade de vida.
......Vieira foi, fundamentalmente, um evangelizador. Todos sabemos que mais de 80% do Evangelho,( como de todas as religiões baseadas em princípios filosóficos), são princípios humanísticos, que buscam a justiça e o bem-estar das pessoas. Basta olhar os Dez Mandamentos: é pura doutrina social. Oito Mandamentos são sociais e dois articulam os oito (8). O Evangelho é também doutrina social. Evangelizar humanizar: é fazer os humanos cidadãos conscientes e solidários; é ensinar-lhes os grandes princípios de convivência; é cuidar de seu bem estar.
......Cidade dos Humanos é a porta para a Cidade de Deus.
......Aí situamos o grande Vieira: um homem que propôs mudanças para extirpar os vícios de perspectiva que causam os grandes males da sociedade. Um reformador social. Evangelizar e humanizar: é fazer os cidadãos conscientes e solidários; é ensinar-lhes os grandes princípios de convivência; é cuidar de seu bem-estar.
......Foi perseguido e caluniado por seu atrevimento de querer mudar vícios enraizados na sociedade, há séculos (herança do paganismo?). As pessoas reagem a mudanças que possam exigir alguns sacrifícios, embora sejam para o bem de todos. O egoísmo e comodismo são forças difíceis de enfrentar. Para muitos o Evangelho é letra morta...só para constar...
......Não queremos canonizar, nem descanonizar Vieira. Queremos que se faça justiça. Queremos que todos possam usufruir de suas lições.
......Vieira enfocava seus princípios em valores mais profundos que articulam a vida das pessoas, ancorados na religião. Vieira fala “com os olhos na terra, com os olhos no céu e com os olhos no Evangelho”, segundo ele mesmo declarou.
......Nessa perspectiva é que iniciamos nossos trabalhos com o estudo “Vieira, Um Grande Mestre a Descobrir”
Para Ler Artigos sobre Vieira (clique)

sábado, 13 de março de 2010

Língua Internacional

O GRANDE DESPERTAR 
DA LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
Como Língua Internacional

J.Jorge  Peralta


1. O Século XXI é o século da competitividade, em todos os campos, desde o comercial e industrial, até o mundo do saber, entrando pelo mundo muito específico das Línguas Naturais.
É que as pessoas, hoje, além da língua materna, precisam dominar uma segunda língua, para poderem garantir o  seu espaço, no mundo globalizado, no mundo do trabalho e no acesso à cultura.
Por outro lado, os países descobriram que  Língua é Poder, é um patrimônio que pode fazer a riqueza da nação. Isto dá origem a mais progresso, com mais disputas e  mais emulação dos que têm auto-estima.
Nós temos um grande  produto para oferecer ao Mundo: a versátil e sonora Língua Portuguesa, da qual Miguel de Cervantes declarou enfático: “é a língua mais sonora que existe no mundo”
Com 260 milhões de  falantes, a Língua Portuguesa é hoje a terceira maior  potência do Ocidente.

2. Há mais de quatro décadas, os americanos e os ingleses perceberam  o valor econômico da difusão de sua língua pelo mundo, para veicular seus produtos e negócios .
Investiram alto e espalharam escolas por toda a parte, por todos os países, de modo especial, nos países latinos. Foi a senha para vender toda a espécie de produtos, inclusive e talvez principalmente, produtos culturais: livros, filmes, discos, etc, etc.
O inglês e a cultura americana entraram pelo então 3º mundo, como uma avalanche.
Abriram um imenso mercado de trabalho nas escolas, nas universiades, no mundo.

3. Há pouco mais de duas décadas foi a vez dos espanhóis despertarem para esse mercado, promissor.
Todos sabem que dominar uma segunda língua, agrega valores, para a pessoa e para o país titular dessa segunda língua,  que se expande, expandindo negócios.

4. Finalmente chegou a vez de a Língua Portuguesa assumir seu status natural de Língua Internacional. Aliás a Língua Portuguesa foi a primeira  que desempenhou, com galhardia, a função de Língua Internacional, no século XVI, prolongando-se até  o século XVIII,  em ascensão. Ainda hoje mantém esse status, mas um tanto enfraquecido, sem expansões, em novos territórios. Após o início da Guerra Colonial, entraram em depressão todos os países lusófonos.
No “25 de Abril”, manteve-se a depressão.
Os problemas políticos, aliados a muita infâmia, foram os grandes algozes da Língua e da Cultura de Língua Portuguesa.
Ensaiam-se agora seus grandes voos internacionais, a partir  principalmente do Brasil e  de Portugal, com Angola e Moçambique por perto. Logo vêm Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné e Timor Leste.

5. Hoje a situação já é outra, bem mais promissora. Grandes expectativas vão se abrindo. Por todo o globo, (Índia, Japão, China, etc, etc), começam a ser implantados e a ser muito procurados cursos de Língua Portuguesa,  embora, ainda, com precário apoio oficial.. 
Há uma grande carência de professores de Português. 
Grandes “mercados” estão se abrindo, nos países lusófonos, no Brasil, em Angola, em Moçambique, etc, etc.
O Brasil e Portugal, juntos, precisam traçar a grande Política do Idioma, para ser implantada imediatamente. Não podemos perder mais  uma vez o trem da história, ou o cavalo que passa arreado.

6. A Língua Portuguesa, embora com muito atraso, está em vésperas de se tornar língua oficial da ONU.
Na União Africana, a Língua Portuguesa já é utilizada regularmente. O que falta muitas vezes são tradutores. O IILP já providencia a formação de tradutores.
7. O inglês já é a principal segunda língua do mundo. Mas muitos não  mais se contentam com uma só segunda língua e buscam outras, como o português. São muitos. Não podemos frustá-los.
A localização geográfica dos  países de Língua Portuguesa, em todos os continentes, é uma grande vantagem: um grande triunfo.
Na busca da segunda língua de comunicação internacional, a Língua Portuguesa desponta como objeto de desejo  para milhões de pessoas,  pela sua versatilidade e por sua beleza arquitetônica, sonora e expressiva.
Só no Senegal, há 15 mil pessoas aprendendo a Língua Portuguesa.
Não podemos pensar na difusão  da Língua Portuguesa apenas da perspectiva humanistica ou afetiva. Temos de pensá-la como força de intercâmbio cultural e de comunicação e como língua de negócios que é o que mais move o nosso tempo.

8. O motivo da busca do português é também econômico. Neste sentido “o português está a tornar-se “uma  mais-valia economica”, diz o Secretário Executivo da CPLP,  Domingos Simões Pereira.
Diz ele que a Língua Portuguesa  hoje “não é só uma questão de nostalgia, de afeto”. Traz  “ganhos econômicos efetivos”.
E acrescenta:  é importante a Língua Portuguesa, na Lusofonia, pois “valemos muito mais,  quando falamos a uma só voz”. (Diário de Notícias fev. 2010).

9. Esta é, pois, a hora e a vez de a Língua Portuguesa se assumir efetivamente, como língua de intercâmbio entre todas as nações, em nível cultural e econômico. Os mercados dos povos de Língua Portuguesa vão assumindo seu papel, no mundo globalizado; vão se destacando  e vão despertando o interesse do mundo inteiro. 
É muito interessante o presidente do Brasil falar sempre em português. É assim que deve ser.

10. O Brasil é um caso típico. O mundo olha o Brasil, como uma das mais promissoras economias do mundo. Vê aí um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de terras boas e produtivas, e 195 milhões de habitantes. O Brasil tem uma economia pujante  e promissora. É um mercado fantástico, em grande expansão.
Com muitas carências, é verdade, mas também com muitas riquezas. Pode  superara as carências,  com  uma educação melhor e com menos corrupção.
Tudo isso agrega grandes valores à Língua Portuguesa. 
Mais importante é o Brasil, um país continente,  ser um país de uma só língua, de Norte a Sul e de Leste a Oeste do país.
Malgrado esta situação otimista e promissora, as nossas Agências  e Empresas especializadas ainda não despertaram para este mercado, para valer. Faltam Conselheiros e faltam Consultores na área.
11. Acabo de visitar o SALÃO DO ESTUDANTE, que se realiza anualmente em São Paulo.
Nesse Salão se oferecem cursos de língua estrangeira e cultura. Lá estavam, com destaque, empresas (escolas) do Canadá, Estados Unidos,  Inglaterra  e Espanha. Havia empresas também do Japão, da China, da Irlanda. 
Esperava encontrar lá o Instituto Camões, o Instituto Machado de Assis, e até a CPLP, para dizer aos estudantes o que em Portugal e no Brasil  se faz para ensinar o Português, como segunda língua, pelo mundo afora. ( O Instituto Cervantes estava lá).
Portugal e o Brasil precisam divulgar sua consciência da importância da Língua Portuguesa, no mundo globalizado. É uma grande marca, um grande marco e uma grande Bandeira...
12. Sugerimos que o Instituto Camões participe ativamente  desses Encontros, de alta afluência  de visitantes, para ir despertando a sociedade para o papel da Língua Portuguesa no mundo, e para a vocação internacional de nossa língua, também como língua de negócios, além de língua de cultura.
 Não podemos deixar de conhecer e de exaltar a Língua Portuguesa, como versátil instrumento de intercâmbio e coesão social.
Nota: Texto patrocinado pelo Instituto Globilíngua

São Paulo, 07 de março de 2010
Prof. Dr. José Jorge Peralta

Poemas para Pensar











Poema 1

-1-

SABER VIVER

Vive a vida!
É hora de viver!
Vive-a intensamente
conjugando o passado, o futuro e o presente!
Se és gente lúcida,
olha para a frente!

Olha para a frente
para traz e para os lados.
Vive tua história.
Aprende também
as lições do passado.

Essa é a tua sina
que o néscio abomina.
Não desperdices da juventude a vitalidade
com fúteis e fátuas veleidades.

Vive atentamente,
sem embaraço e sem embromação
desde o alvorecer, enquanto força houver.
De sol a sol , vinte e quatro horas por dia,
todos os dias,
ocupa teu espaço com desembaraço.
Mantém perene vigia!
Tua idade e teu vigor não toleram o cansaço...

É preciso viver sem se preocupar
com o exterior sucesso passageiro.
Sem alucinado pretender
triunfar a qualquer preço.
Isto é se derrotar!
Desta compulsão neurótica se libertar
já é na vida ganhar!

Vitórias ou derrotas?!
Isso é contabilidade bancária!
O que não podes é parar nem esmorecer.
O que vale é teu esforço, competência e dedicação.
Sucesso é ser saudável, no corpo e na alma, 
na mente e no coração;
é ser esforçado, dedicado e sempre participar.
Sucesso é viver, ter esperança e ousar...
É ser um esclarecido cidadão.

Sucesso é conhecer-se a si mesmo
e pelo melhor sempre lutar sem esmorecer.
Sucesso é saber
o sentido das coisas auscultar.
É saber
para além das aparências,
outras forças enxergar.

Triunfar?! é ter vida
e lealdade no seu olhar;
é ter um grande ideal de vida
e por ele lutar;
é de sua mediocridade